É bom demais remexer as idéias e tentar traduzi-las em palavras. Brinco disso desde criança, e talvez por isso eu sempre esteja estudando para tentar fazer isso cada vez melhor. Atualmente curso uma segunda pós-graduação em Criação Literária e, dia destes, um de nossos mestres, o grande Edson Cruz, fundador e editor do Site Cronópios, nos propôs um exercício de amplificação. Para tanto, pediu que aumentássemos "O dinossauro", do guatemalteco Augusto Moterroso, considerado o menor conto da literatura mundial, e uma das suas obras mais célebres. Aqui o conto:
"Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá".É incrível como com tão poucas palavras ele consegue dizer tanto e abrir um universo inteiro de possibilidades na cabeça do leitor.
Agora eu gostaria de desafiar você, leitor, para também brincar de aumentar esse texto, de acordo com os sentimentos que ele gerou em você, com um máximo de 150 toques (ou até 25 palavras). Vou adorar ter a sua colaboração aqui no espaço para comentários. E eu garanto, é super divertido, porque cada um segue uma direção completamente diferente.
E então, quer brincar comigo disso? Sugiro que você primeiro faça o seu texto, poste em forma de comentário, e só então leia o final que eu criei durante a aula. Aqui então, o meu final da história.
"Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá. Presente ridículo, pelúcia balofa ocupando na cama o lugar que foi dele, pensou ela, planejando sair logo para providenciar a troca da fechadura".
(*) "Matrix", trabalho do instigante artista mexicano Octavio O' Campo, que mistura imagens criando novas sensações, colocado aqui justamente para ajudar você a soltar a imaginação.
(**) Se tiver um tempinho, clique lá encima no link do Monterroso, e leia alguns contos desse grande escritor. Vale à pena.