segunda-feira, 27 de junho de 2011

O corpo, Momento VIII




Fazer o simples é o mais difícil. O grande Arnaldo Antunes nos dá uma aula disso nesta faixa criada para um espetáculo de dança do Grupo Corpo em 2.000, onde faz um mergulho poético sobre o corpo.


O corpo existe e pode ser pego
É suficientemente opaco para que se possa vê-lo
Se ficar olhando anos, você pode ver crescer o cabelo
O corpo existe porque foi feito
Por isso tem um buraco no meio
O corpo existe, visto que exala cheiro
E em cada extremidade existe um dedo
O corpo se cortado espirra um liquido vermelho
O corpo tem alguém como recheio.



Se quiser ver e ouvir, clica aqui: http://youtu.be/fWoY1xyS1zk


(*) "Le Bain de Pied" by Sarah Moon, 1998

3 comentários:

claudia.finamore@uol.com.br disse...

Laurinha, saudades de você. Sempre maravilhoso o seu blog, hein! Vim aqui para deixar-te um beijão! Claudia

Santana Filho disse...

Laura, Arnaldo Antunes é meu vizinho 'de fundos'. O DVD Ao Vivo Lá Em Casa foi gravado no quintal da casa dele. Tivemos festa dois dias aqui no pedaço; em alto e bom som - Erasmo, Jorge Benjor incluídos.

Tenho certeza que você ia adorar sapear comigo pelo muro.

Beijo

Santana Filho disse...

saudade de suas postagens...........